Livros e Ensaios

Retrato de Galileu Galilei
Durante seus 78 anos de vida, Galileu Galilei se dedicou à ciência e à matemática. Para isso, ele escreveu diversas obras nas quais ele explica suas teorias e rebate teorias às quais ele era contra. Explicaremos um pouco sobre seus livros à seguir: 
Escreveu em Pisa um ensaio intitulado Do Movimento. Nele registrou suas próprias ideias sobre as causas do movimento. Revistou-o várias vezes mas não se satisfez com o fato de que as teorias não condiziam com as experiências. Criticou a teoria aristotélica da queda dos corpos e apresentou sua versão arquimediana. Ele defende a ideia de que objetos de massas diferentes caem à mesma velocidade, não depende da massa.
Galileu escreveu um manual de instruções sobre como usar o seu compasso. Nele descreveu mais de trinta tipos de cálculo. Foi publicado em 1606 e dedicado ao príncipe Cosimo de Medici.
Ele escreveu um tratado sobre dispositivos mecânicos. Explicou que as máquinas possibilitam erguer um grande peso empregando menos força do que seria necessário para erguê-lo diretamente. Ele combinou a análise das seis máquinas (alavanca, polia, plano inclinado, cunha, parafuso e manivela) em um único princípio. Galileu o reescreveu muitas vezes, mas foi impresso pela primeira vez em 1634, em francês, publicado por Marin Mersenne (um padre) e com o título Mecânica de Galileu, matemático e engenheiro do duque de Florença.
Galileu escreveu um livro que eletrizou a intelectualidade europeia chamado Mensageiro das estrelas. Nele relatava visões inéditas do céu, graças à ajuda do telescópio que ele criara. Mostrou que a lua não era lisa, mas seu relevo só podia ser visto através do telescópio, que o ampliava vinte vezes. Também revelou que havia muitas estrelas e que quatro luas orbitavam Júpiter, as quais Galileu batizou em homenagem à família Medici. Foi escrito em latim, para que todos os estudiosos da Europa pudessem entendê-lo, e foi dedicado ao grão-duque Cosimo de Medici.
Capa de : Discorsi e Dimostrazioni
                 Matematiche Intorno a
             Due Nuove Scienze

Publicado na primavera de 1612, em italiano, Discurso sobre os corpos que se mantêm sobre a água ou nela se movem, mais conhecido como Corpos na água é um ensaio de Galileu que continha todos seus argumentos e experimentos sobre a flutuação. Continha ainda uma descrição da lógica envolvida no princípio arquimediano da flutuação e os cálculos e teoremas matemáticos pertinentes.
Galileu escreveu três cartas a Mark Welser, um alto funcionário municipal do sul da Alemanha, sobre as manchas solares observadas pelo matemático jesuíta Cristoph Scheiner. Foram escritas em italiano e recopiladas em um livro com o título História e demonstrações sobre as manchas solares e seus fenômenos melhor conhecido como Cartas sobre as manchas solares. No livro havia também previsões das posições das luas de Júpiter para os três meses seguintes.
Galileu dedicou-se a anotar suas objeções publicadas por seus quatro oponentes à obra Corpos na água. Em 1624, ele escreveu cartas a eles criticando seus argumentos e os ridicularizou por se aferrarem a Aristóteles. Em 1615, as cartas foram compiladas por Benedetto Castelli, seu amigo e ex-aluno, e publicadas sob o título Resposta a oposições e tinha muito mais páginas do que a obra original de Galileu e do que a soma dos quatro folhetos de seus críticos.
Quando três cometas sobrevoaram o céu em 1618, os matemáticos jesuítas publicaram suas conclusões sobre sua natureza em um relatório de um pronunciamento feito por Orazio Grassi, matemático-chefe do Collegio Romano. Galileu escreveu uma réplica a Grassi e mandou publicá-la com o nome de seu colega Mario Guiducci. No entanto, Galileu demorou  três anos para dar sua réplica formal, pois só em 1622 enviou um manuscrito completo para que fosse publicado em Roma. O título do livro era Il Saggiatore (O aferidor).
Movido pelas indagações das pessoas de que o movimento da Terra contradizia a Bíblia, Galileu escreveu uma carta longa na qual expressava sua opinião de que a ciência e religião não deviam ser misturadas, já que Deus era o autor tanto das Sagradas Escrituras como da natureza e ambos são igualmente verdadeiros. Castelli fez várias cópias da carta e as distribuiu, mas uma delas caiu em mãos dos inimigos de Galileu e a usaram para acusá-lo de herético.
Capa de: Diálogo sobre os dois
                 grandes sistemas
Em Florença, depois de ter visitado o papa Urbano VIII, Galileu escreveu sua obra Diálogo sobre os dois grandes sistemas. Trata-se de um diálogo entre três personagens que exploram os detalhes da hipótese copernicana: Salviati, o amigo de Galileu, era Copérnico; como os aristotélicos, criou a personagem de Simplício; Sagredo representava os homens de bom senso. As quatro secções do livro eram os dias da conversa. No primeiro dia, foi tratada a estrutura geral do universo e Salviati criticou os argumentos aristotélicos; no segundo dia, Salviati afirmou que as observações feitas de coisas em movimento sobre a Terra seriam iguais quer ela girasse ou não; e no terceiro dia, Galileu mostrou que o sistema copernicano é mais simples e mais fácil de compreender. Como o príncipe que fornecia os recursos financeiros morreu, Galileu não conseguiu publicar sua obra. Só em fevereiro de 1632, mil cópias foram impressas em Florença.
Incentivado por ilustres cidadãos sienenses, Galileu começou a escrever seu último livro: Duas novas ciências. Foi escrito em italiano e as personagens eram as mesmas que antes usara. Na abertura, debatem os problemas dos modelos em escala e aplica o princípio também aos animais. Na segunda parte, analisam a força das vigas. Na última parte havia um tratado sobre o movimento acelerado e os projéteis. O livro foi publicado no verão de 1638 por um editor holandês, devido à pressão da Inquisição.